O Distrito Federal oferece ambientes abertos e arborizados
O Distrito Federal oferece ambientes abertos e arborizados voltados para o lazer e esporte em diferentes regiões administrativas. No entanto, sem a devida manutenção, o que era para melhorar a qualidade de vida das pessoas, acaba se tornando uma ameaça.
Segundo os últimos dados do Instituto Brasília Ambiental (Ibram), existem 72 parques no DF e desses, poucos possuem boa estrutura para serem frequentados. O Parque Ecológico do Guará Ezechias Heringer, o Parque Ecológico Três Meninas, em Samambaia, e o Parque Ecológico do Cortado, em Taguatinga, são exemplos de locais que geram insegurança para a população.
Mas isso pode estar prestes a mudar. Entrou em pauta na Câmara Legislativa do DF o Projeto de Lei 2822/2022 de autoria do deputado distrital Hermeto (MDB), que pretende conceder a cessão de uso de parques e clubes abandonados à Secretaria de Educação e ela, por sua vez, fará dos espaços, escolas similares a que foi criada recentemente no Núcleo Bandeirante. “A Escola da Natureza e Esporte é um projeto inovador que tivemos a ideia de criar e tem beneficiado não só os alunos da rede pública, que fazem diversas atividades esportivas, mas toda a comunidade local que pode usufruir das instalações aos finais de semana”, explica o autor do PL e idealizador do formato no Núcleo Bandeirante.
Segundo o deputado, no local onde foi instalada a escola, funcionava o antigo SESI e há muitos anos estava abandonado, sendo inclusive alvo de operação policial por uso indevido por particulares.
Hoje o cenário é outro, a escola oferece atividades como natação, futebol de campo e de salão, aulas de skate, basquete, vôlei, aulas práticas de ecologia e atende cerca de quatro mil alunos no contra turno das aulas. “Meu filho sempre teve vontade de fazer natação, mas nem em clube a gente tinha condição de ir para tomar banho de piscina. Agora ele tem orgulho de dizer que a escola dele tem até piscina”, relata José Almeida, pai de um aluno da Escola Parque da Natureza e Esporte.
Mas não são só os pais e alunos da escola que estão sendo beneficiados com o projeto. Elisa Maria tem 62 anos e mora há mais de 40 no Núcleo Bandeirante e segundo ela, com a revitalização do local, tudo em volta ficou mais seguro. “Antes de virar escola era cheio de usuário de droga, morador de rua, ninguém tinha coragem de sair de casa depois de uma certa hora. Agora está iluminado, foi tudo revitalizado dentro e fora da escola, as crianças ganharam uma escola e a gente ganhou um espaço de lazer”, comemora a moradora.
Com o sucesso da escola, as solicitações para atender alunos de outras RAs vem crescendo e foi daí que surgiu a ideia de expandir o projeto para outros locais do DF com características similares. “Levei essa demanda ao deputado Hermeto, que foi quem nos ajudou a realizar o projeto através de suas emendas parlamentares e de imediato ele se dispôs a criar esse projeto de lei. Sendo aprovado, tenho certeza que vamos deixar um legado para a educação do DF”, enfatiza Ana Maria, diretora da Regional de Ensino do Núcleo Bandeirante.