O coordenador do Comitê Científico contra a Covid-19 do governo de São Paulo, Paulo Menezes, declarou nesta quarta-feira (24) que é “precoce pensar em uma situação de multidões nas ruas, com aglomeração, mesmo que seja daqui a três meses”.
“Hoje, eu entendo, e acho que posso falar em nome do comitê cientifico, que não é o momento de pensar nas grandes aglomerações do carnaval”, disse Menezes em coletiva de imprensa.
Apesar disso, o governador João Doria (PSDB) disse, na mesma coletiva de imprensa, que as decisões sobre a organização do carnaval em meio à pandemia de Covid-19 cabem às prefeituras do estado, e que elas podem adotar medidas mais rigorosas do que as implementadas pelo governo estadual.
“A decisão pertence a cada prefeitura, elas têm autonomia para essa decisão”, disse Doria.
“Nós, como governo do estado, temos sempre a medida da cautela, da prudência para que prefeitos e prefeitas possam agir dentro de um campo seguro e adequado. Prefeituras podem ser mais rigorosas do que o governo do estado, não podem ser menos rigorosas”, completou.
A discussão sobre o carnaval no estado de São Paulo ocorre em meio a anúncios de diversas prefeituras que decidiram não organizar o evento no ano que vem por conta da pandemia.
Para o coordenador do comitê de Saúde, Paulo Menezes, ainda que as perspectivas sejam boas, não é possível afirmar que o estado está livre da pandemia.
“Temos boas perspectivas, como já foi colocado hoje, o avanço da cobertura vacinal no estado de são Paulo, ele é exemplo pro mundo e mais ainda, o que nós temos de exemplo é conjugar o avanço da cobertura vacinal com outras medidas que tem garantido o nosso sucesso no enfrentamento da pandemia até esse momento. Nós não podemos nos enganar que estamos livres da pandemia, livres do coronavírus, ele está circulando, por isso nós estamos mantendo as medidas com cautela e progressivamente”, disse Menezes.
“O carnaval movimenta milhões e milhões de pessoas, brasileiros e pessoas do exterior, em todo o país, de forma que vamos aguardar, estamos confiantes que talvez possamos ter uma situação mais favorável ao final de fevereiro, mas neste momento precisamos continuar com segurança”, completou.
Fonte: G1.