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Projeto tenta salvar antas atacadas por cachorros no interior de SP: ‘Correndo contra o tempo’

Um núcleo de pesquisa e extensão universitária do interior de São Paulo começou uma intervenção nesta semana para tentar salvar antas que estão sendo atacadas por cachorros domésticos em São Miguel Arcanjo.

De acordo com o biólogo diretor do Núcleo da Floresta, de São Roque (SP), a intervenção foi um pedido da equipe do Instituto Manacá, organização que monitora 18 antas em uma fazenda que fica próxima ao Parque Estadual Carlos Botelho.

Rafael Mana contou ao g1 que foi neste local que filhotes gêmeos de anta foram registrados na natureza longe dos cativeiros e chamaram atenção dos pesquisadores. Segundo ele, essa descoberta histórica na Mata Atlântica torna a intervenção ainda mais importante.

“O Instituto Manacá faz a observação e as maiores pesquisas sobre antas. E de um mês pra cá, apareceram antas atacadas por cachorros domésticos e os pesquisadores ficaram desesperados porque lá tem anta albina, filhotes de antas gêmeas, então a gente não pode deixar isso acontecer”, conta Rafael.

Conforme o biólogo, pesquisadores presenciaram cachorros correndo atrás das antas e as cercando em um açude. Câmeras de monitoramento do projeto registraram a presença dos animais domésticos no local.

Intervenção

A partir disso, o Núcleo da Floresta reuniu uma equipe de voluntários, que viajaram para São Miguel Arcanjo nesta segunda-feira (4) para salvar as antas. A expectativa do biólogo é resolver o problema dos ataques aos animais silvestres até o próximo dia 17.

“Nós vamos fazer o mapeamento da área, localizar os cachorros e as antas machucadas para poder resgatar e fazer o tratamento. Já encontramos vários cachorros, temos fotografias deles e estamos tentando identificar os donos”, explica o biólogo.

De acordo com Rafael Mana, alguns dos cães que estão na fazenda foram abandonados no local e serão tratados e abrigados no Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) da cidade.

Já outros cachorros são de vizinhos do Parque Estadual e o biólogo explicou que a equipe do projeto vai entrar em contato com os donos para que não deixem os animais ficarem na área de proteção ambiental.

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