Acender lâmpadas, ligar aparelhos eletroeletrônicos ou simplesmente carregar o celular pode ser uma tarefa mais difícil – e cara – em 2022. A crise hídrica tem feito com que os reservatórios que abastecem as hidrelétricas fiquem muito abaixo do nível da capacidade de produção do consumo nacional.
Com a falta de chuvas, a crise no setor energético se acentuou em 2021 e promete ficar ainda mais grave. Para se ter dimensão do problema, em relação ao mesmo período do ano passado, o uso das termelétricas para geração de energia quase triplicou. Passou de 10,6% em 2020, para 28,5% este ano.
A capacidade do principal reservatório do sistema, o Sudeste/Centro-Oeste, responsável pela geração de 70% da energia consumida no país, passou de 42,3% no ano passado, para 22,7% agora. Com isso, além da chance cada vez maior de racionamento, a conta fica mais cara para o consumidor.
Os dados fazem parte de análise do Metrópoles, baseada em informações do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).
Para o Ministério de Minas e Energia, o cenário de escassez hídrica é o pior dos últimos 91 anos. O governo federal pede que a população reduza o consumo de energia elétrica.
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) determinou nesta semana que a administração pública federal reduza o uso de ar-condicionado e energia.
O governo espera redução de 10% e 20% no consumo de eletricidade em relação ao período pré-pandemia de Covid-19, doença causada pelo coronavírus.
O ministério apresentou medidas para tentar aumentar a oferta de energia, mas também para a redução voluntária do consumo. O objetivo é garantir, ao menor custo possível, a confiabilidade e segurança do fornecimento de energia elétrica aos consumidores brasileiros.
Técnicos afirmam que todos os indicadores são pessimistas, e a projeção é que o país viverá situação crítica a partir de setembro.
Fonte : Metrópoles.