Revolução digital marcada pela chegada do PIX, open banking e outras ferramentas para facilitar o relacionamento das pessoas com a gestão financeira tem levado lojistas a rever a relação com suas maquininhas e optarem por soluções que revertam custos em mais benefícios.
Acompanhando o salto da comunidade global para se adaptar aos desafios advindos da pandemia da covid-19, o mercado financeiro tem vivido uma virada tecnológica e investido forte no setor. É o que revela a Pesquisa FEBRABAN de Tecnologia Bancária 2021 divulgada em julho, que mostrou que o setor investiu cerca de R$ 761 milhões apenas em mobile banking. Tudo para fazer girar bem no Brasil soluções que hoje permitem resolver tudo a um clique pelo celular, transferir valores a qualquer momento via PIX ou pagar contas em estabelecimentos pelo celular por meio da tecnologia NFC, com a aproximação do celular.
Tantas inovações num curto espaço de tempo levaram os lojistas, até os mais tradicionais que antes optavam por não trabalhar com nenhum tipo de máquina a se adequarem e digitalizarem para soluções de delivery que se popularizaram no período de distanciamento social mais rígido da pandemia. Balanço feito pela Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços, Abecs revelou que os pagamentos feitos pelos brasileiros com cartões de crédito, débito e pré-pagos chegaram aos R$ 2 trilhões em 2020, o que corresponde a um crescimento de 8,2% na comparação com o ano anterior.
Entre as modalidades de pagamento, o uso do cartão de débito teve desempenho acima da média em 2020, chegando a R$ 762,4 bilhões, com crescimento de 14,8%. O cartão de crédito registrou R$ 1,18 trilhão em transações, com alta de 2,6%. Já o cartão pré-pago movimentou R$ 45,3 bilhões e cresceu 107,4% no ano passado.
Os pagamentos por aproximação, sem contato físico com a máquina de cartão, aumentaram 469,6% na comparação com 2019, atingindo R$ 41 bilhões em transações. O mais usado nessa função foi o cartão de débito, com R$ 19,5 bilhões, seguido pelo cartão de crédito, com R$ 18,8 bilhões, e pelo cartão pré-pago, com R$ 2,7 bilhões.
Fonte : Correio Braziliense.